segunda-feira, 19 de março de 2012

Regras para confeccionar seu mapa

(...)A cartografia é a junção de ciência e arte, com o objetivo de representar graficamente, em mapas, as especificidades de uma determinada área geográfica.

É ciência, pois a confecção de um mapa necessita de conhecimentos específicos para a representação de aspectos naturais e artificiais, aplicação de operações de campo e laboratório, metodologia de trabalho e conhecimento técnico para a obtenção de um trabalho eficaz.

A arte na cartografia está presente em aspectos estéticos, pois o mapa é um documento que precisa obedecer a um padrão de organização. Necessita de distribuição organizada de seus elementos, como: traços, símbolos, cores, letreiros, legendas, título, margens, etc. As cores devem apresentar harmonia e estar de acordo com sua especificação, exemplo, a cor azul em um mapa representa água.

O mapa é o principal objeto do cartógrafo, ele é uma representação convencional da superfície terrestre, e até de outros astros, como a Lua, Marte, etc. Apresenta simbologia própria e deve ser sempre objetivo, além de transmitir o máximo de precisão.

Existem vários modelos de mapas, entre eles podem ser citados: Mapa-múndi; mapas topográficos; mapas geográficos que representam grandes regiões, países ou contingentes; mapas políticos; mapas urbanos; mapas econômicos; cartas náuticas e aéreas; entre outros.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
  
Complementando o texto, países e estados são escritos em caixa alta: RONDÔNIA, BRASIL, etc.
Já cidades são escritas mesclando letras maíusculas e minúsculas: Rio de Janeiro, Araruama.

Movimentos Sociais


Fonte:
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. Os Movimentos Sociais. In: Sociologia para jovens do século XXI. OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da (org.). RJ: Imperial Novo Milênio, 2007. (p. 103-106)




Os Movimentos Sociais


Num recente artigo, o professor Solon Annes Viola (2003), da UNISINOS, descreve que:

Segundo Kissinger, "a globalização é tão natural como a chuva". Por certo Kissinger não conhece as múltiplas regiões do Brasil. No Nordeste brasileiro chove pouco; no Sul, ao longo do inverno, as chuvas são abundantes e ocorrem, no mínimo, duas enchentes por ano. E logo em seguida faz as seguintes perguntas: Seria o Sul mais globalizado que o Nordeste? O ciclo das chuvas regulado por grandes empresas, pelos organismos financeiros internacionais como o G7, a OMC e o Banco Mundial? O fato de que a quinta parte da gente mais rica do mundo consumir 85% de todos os produtos e serviços, enquanto que a quinta parte mais pobre consome somente 1/3% seria tão natural, quanto a chuva? Seria tão natural que 4 bilhões e 400 milhões de habitantes dos países mais pobres, aproximadamente três quintas partes da população mundial não possuam acesso à água potável, uma quarta parte não possua moradia, e uma quinta parte não tenha acesso a nenhum tipo de assistência médica? Seria tão natural, como a chuva que 20% da população mundial consumam 86,5% das energias fósseis e hidráulicas do planeta? Seria possível que o mesmo nível de consumo fosse colocado à disposição de todos sem que houvesse um gigantesco desastre ambiental, tão terrível quanto a prolongada seca, ou tão arrasador quanto as enxurradas das enchentes? Seria tão natural quanto a chuva que americanos e europeus gastem 17 milhões de dólares em alimentos para animais por ano, 4 milhões de dólares a mais do que se necessita para promover a alimentação e saúde básica para os que não possuem? Seria tão natural como o sol que 300 milhões de crianças ocupem postos de trabalhos forçados e outras 37.000 morram diariamente de pobreza relacionada à subnutrição e à ingestão de águas contaminadas e resíduos tóxicos?


Depois de perguntas tão chocantes podemos também perguntar: será que não existe ninguém que esteja fazendo algo contra estas barbaridades existentes no mundo? Sim, existe, mas nem sempre essas pessoas que lutam contra este estado de coisas são vistas com bons olhos.
Nos dias de hoje, ouve-se muito a respeito dos movimentos sociais. A mídia está sempre noticiando a respeito deles, seja, Sem-Terra, Greepeace ou as ONGs "Anti-globalização". Mas o que são movimentos sociais? O que pretendem? Por que surgem em diversos momentos históricos? Como são constituídos?
Os movimentos sociais estiveram e estão presentes em toda a história de todas as sociedades. Temos que compreendê-los como um fenômeno essencial, porque são resultados de um "conflito" que gera, consequentemente, mudanças sociais. Ao mesmo tempo, tais movimentos geram transformações porque sujeitos ou grupos que não concordam com determinada situação procuram maneiras de modificá-la.
Nesse sentido, o conflito é o elemento gerador dos movimentos sociais. E por que se chega a estes conflitos? Simplesmesnte porque, [...], as sociedades não são homogêneas e se dividem a partir de certos interesses de classe, gênero, etnia, raça ou, até mesmo, de orientação sexual e de geração. Há sempre grupos de opressores e oprimidos, gerando uma carência de bens materiais e culturais a determinados grupos.
A partir disto, certos grupos sociais, que se sintam prejudicados, ou oprimidos de alguma forma, vão se unir a fim de eliminar ou, ao menos, amenizar a opressão. A essa união chamamos de ações coletivas.
É necessário saber que os movimentos sociais possuem uma relação de conflito com o Estado, pois, como vimos, nem sempre este satisfaz a vontade coletiva, se restringindo à vontade daqueles que dominam os recursos materiais da sociedade e aos seus interesses.
Enquanto os movimentos sociais desejam modificações, mudanças, o Estado, na maioria das vezes, deseja manter a ordem das coisas ou, como dizem os especialistas, o status quo.
Um movimento social só tem força quando possui uma proposta, ou seja, os fins que almeja alcançar. Por isso, há a necessidade de um projeto. A ideologia também é um fator importante, já que reflete a visão de mundo dos indivíduos que fazem este movimento, suas perspectivas, as mudanças que ambicionam, o mundo que esperam.
Por fim, a organização é muito importante, poque ela é a base do movimento, essencial para o seu sucesso político. Afinal, sem instrumentos eficazes de comunicação e sem recursos financeiros mínimos, os movimentos sociais acabariam apresentando resultados mais limitados na sua ação política.
A cada dia sempre surgem e surgirão mais movimentos sociais, pois, numa sociedade com muitas desigualdades e com o Estado mostrando-se incapaz de satisfazer as necessidades dos diferentes grupos sociais, podemos afirmar que esses movimentos são quase que naturais "como a chuva". É uma infinidade de grupos que lutam contra o preconceito, o racismo, o desemprego, a falta de moradia, os salários rebaixados, o autoritarismo, contra o descaso com o meio ambiente, com a criança, com o idoso, com a educação, com a saúde, etc.
As necessidades são infinitas e é por isso que existem os sem-terra, o movimento negro, o movimento de mulheres, os movimentos contra a discriminação de gays e lésbicas, os sindicatos, os grêmios estudantis, o movimento ecológico, o movimento pelos direitos humanos, os partidos de esquerda e algumas ONGs.
Precisamos ter clareza, tomar consciência de nossos direitos, identificar onde estão os males sociais, para não utilizarmos nossa indignação contra aqueles que, talvez, sejam tão vítimas quanto nós.
Por outro aldo, devemos ver com os olhos críticos por que se fala tão mal de certos movimentos sociais. Aqui, nosso olhar sociológico deve mais do que nunca funcionar, pois devemos saber quem faz a crítica e que interesses tem ao fazê-lo. Por exemplo: quando se faz uma crítica ao MST por "invadir" terras, quem está fazendo esta crítica? Os empresários, os donos de terras ou o trabalhador comum das cidades? Por fim, num mundo neoliberal, qual seria a importância dos movimentos sociais e dos partidos políticos?

SOBRE CULTURA E PATRIMÔNIO CULTURAL

Segundo o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artísticode Minas Gerais (http://www.iepha.mg.gov.br/)

 

1. O que é bem cultural?                                                                                                                     Em seu sentido amplo, compreende todo testemunho do homem e seu meio, apreciado em si mesmo, sem estabelecer limitações derivadas de sua propriedade, uso, antigüidade ou valor econômico. Os bens culturais podem ser divididos em três categorias: bens naturais, bens materiais e bens imateriais. 


2. O que é patrimônio cultural?
Patrimônio cultural é a soma dos bens culturais de um povo, que são portadores de valores que podem ser legados a gerações futuras. É o que lhe confere identidade e orientação, pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania, através de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica.


3. Quais são os principais elementos que compõem o patrimônio cultural?
O patrimônio cultural se apresenta sob diversas formas. Os bens imateriais, compreendem toda a produção cultural de um povo, desde sua expressão musical, até sua memória oral, passando por elementos caracterizadores de sua civilização. Os bens materiais se dividem em dois grupos básicos: bens móveis - são a produção pictórica, escultórica, material ritual, mobiliário e objetos utilitários - e bens imóveis - não se restringem ao edifício isoladamente, mas compreendem, também, seu entorno, garantindo sua visibilidade e fruição. No acervo de bens imóveis, que constituem o patrimônio de um povo e de um lugar, incluem-se os núcleos históricos e os conjuntos urbanos e paisagísticos, importantes referências para as noções étnicas e cívicas da comunidade.


4. No que consiste o valor cultural de um bem?
Reside em sua capacidade de estimular a memória das pessoas historicamente vinculadas à comunidade, contribuindo para garantir sua identidade cultural e melhorar sua qualidade de vida.


5. Por que preservar o patrimônio cultural?
A principal razão é a melhoria da qualidade de vida da comunidade, que implica em seu bem estar material e espiritual e na garantia do exercício da memória e da cidadania. A preservação garante a continuidade das manifestações culturais.


6. Como preservar o patrimônio cultural?
A comunidade é a verdadeira responsável e guardiã de seus valores culturais. Não se pode pensar em proteção de bens culturais, senão no interesse da própria comunidade, à qual compete decidir sobre sua destinação no exercício pleno de sua autonomia e cidadania. Para preservar o patrimônio cultural é necessário, inicialmente, conhecê-lo através de inventários e pesquisas realizadas pelos órgãos de preservação, em conjunto com as comunidades. O passo seguinte é a utilização dos meios de comunicação e do ensino formal e informal para a educação e informação das comunidades, para desenvolver o sentimento de valorização dos bens culturais e a reflexão sobre as dificuldades de sua preservação. A atuação do poder público deve ser exercida em caráter excepcional, quando faltarem recursos técnicos ou materiais ou organizações coletivas capazes de assumir as ações de preservação necessárias. São diversas as formas de proteção do patrimônio cultural, desde o inventário e cadastro até o tombamento, passando pelo estabelecimento de normas urbanísticas adequadas, consolidadas nos planos diretores e leis municipais de uso do solo e, até, por uma política tributária incentivadora da preservação da memória. 




VISITE O SITE DO INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO RIO DE JANEIRO:  http://www.inepac.rj.gov.br/index.php

FAZENDA AURORA, Araruama  Magnífico exemplar de arquitetura rural da primeira metade do século XIX, composto pela casa-grande, engenho e senzalas, mantém casa-grande, engenho e senzalas, mantém no seu interior raras pinturas murais em trompe l’oeil e trabalhos em estuque. Erguida à margem da estrada em direção a Rio Bonito e distante quatro léguas da antiga Vila de Araruama, a fazenda foi construída pelo casal Francisco Pereira da Costa Vieira e Gertrudes Maria Custódia, ele de origem açoreana, ela natural de Araruama. Em meados do século XIX, a fazenda prosperou com o surto cafeeiro na região, entrando em declínio, em seguida, com a supremacia do café do Vale do Paraíba paulista, por volta de 1885. Ainda hoje, nos dois sentidos da atual rodovia que corta a região, sua bela arquitetura de feição neoclássica impõe-se de forma marcante na paisagem rural circundante.