quarta-feira, 21 de novembro de 2012

As classes sociais no Brasil

Quem define as classes sociais no Brasil?

por Fernanda Salla - revista superinteressante - Mundo Estranho
A divisão da população brasileira em classes socioeconômicas é baseada no Critério de Classificação Econômica Brasil, levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Essa classificação surgiu em 1997 para medir o poder aquisitivo das pessoas, avaliando os bens da família e o grau de escolaridade do chefe da casa. "O Censo, do IBGE, não define classe, só renda, e muitos distorcem os dados sobre quanto ganham. Por isso, foi definido que, para descobrir o poder aquisitivo de uma pessoa, era preciso estabelecer um novo critério", diz Ana Helena Meirelles Reis, presidente da MultiFocus Inteligência de Mercado. Na prática, itens possuídos pela família valem pontos e definem a que classe ela pertence. No Brasil, os principais bens avaliados são: quantidade de banheiros na casa, TVs em cores, rádios, DVDs, geladeiras e freezers, automóveis, videocassetes ou DVDs, máquina de lavar e empregada mensalista.
QUAL É A SUA? Conte quantos itens destes há em sua casa, some os pontos e descubra sua classe social*BANHEIRO
1 = 4 pontos
2 = 5 pontos
3 = 6 pontos
4 ou + = 7 pontos
CARRO
1 = 4 pontos
2 = 7 pontos
3 ou + = 9 pontos
FREEZER**
2 pontos (qualquer quantidade)
GELADEIRA
4 pontos (qualquer quantidade)
MÁQUINA DE LAVAR
2 pontos (qualquer quantidade)
TV
1 ponto por unidade (4, no máximo)
EMPREGADA MENSALISTA
1 = 3 pontos
2 = 4 pontos
GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DE FAMÍLIA
Analfabeto ou primário incompleto = zero
Primário completo = 1 ponto
Ensino fundamental completo = 2 pontos
Ensino médio completo = 4 pontos
Graduação completa = 8 pontos
RÁDIO
1 ponto por unidade (4, no máximo)
VHS/DVD
2 pontos (qualquer quantidade)
CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA A1 - 42 a 46 pontos A2 - 35 a 41 pontos
B1 - 29 a 34 pontos
B2 - 23 a 28 pontos
C1 - 18 a 22 pontos
C2 - 14 a 17 pontos
D - 8 a 13 pontos
E - 0 a 7 pontos

*Segundo o Critério de Classifi cação Econômica Brasil, publicado em 2008 pela Abep
**Freezer independente ou acoplado à geladeira

A Gangue Rosa - Gulab Gang


ENTREVISTA - 13/11/2012  Revista Época
Sampat Pal Devi: "Aqui, se for tímida, você morre"

Há 30 anos, a indiana Sampat Pal Devi perambula pela região mais populosa da Índia para combater, no corpo a corpo, a violência contra a mulher

FLÁVIA YURI OSHIMA
   LÍDER DE GANGUE Sampat Pal Devi em sua casa, na Índia. Ela e 40 mil seguidoras perambulam pelas áreas rurais do país para evitar agressões contra as mulheres. (Foto: Stevens Frederic/Sipa/Newscom) 
No sistema de castas da Índia, Dalit é a mais baixa. A discriminação de castas é proibida desde 1947. Culturalmente, ela permanece no país, principalmente nas áreas rurais. Sampat Pal Devi, a bela mulher de 54 anos da foto ao lado, é dalit. Como tal, não poderia falar alto, sentar-se com pessoas de outras castas, desobedecer ao marido ou aos sogros. Sampat é diferente. Ela fala num tom de voz elevado com todos – inclusive comigo. E carrega um cajado para o caso de ter de enfrentar fisicamente os homens (até policiais). Sampat combate a violência contra a mulher na Índia, país eleito pela Fundação Reuters como o quarto pior para elas viverem. É seguida por mais de 40 mil mulheres, todas vestidas de sári rosa. Elas formam a Gangue Rosa e já foram tema de dois documentários. Convidada para o Congresso Mulheres Reais Que Transformam, Sampat falou a ÉPOCA por telefone.
ÉPOCA – O que é a Gangue Rosa?
Sampat Pal Devi –
Somos um grupo que combate a violência contra a mulher nas aldeias no Estado de Uttar Pradesh (norte da Índia). Tenho 54 anos, faço isso desde os 20. Em fevereiro de 2005, passei a usar o sári rosa (traje feminino tradicional da Índia, feito de uma peça única) para mostrar que nossa luta é pelas mulheres. Todas as mulheres, quando entram na Gangue Rosa, pagam 300 rúpias (R$ 12) e recebem um sári rosa e um cajado rosa. Hoje temos mais de 40 mil seguidores (entre eles alguns homens).
ÉPOCA – Por que a senhora usa o cajado?
Sampat –
Para me defender e bater em quem quiser agredir a mim ou a outras mulheres.
ÉPOCA – Como o grupo da senhora atua?
Sampat –
Desde cedo, tem fila na porta da minha casa de meninas e mulheres que sofreram agressões. Elas vêm até mim direto. Nem passam mais pela polícia. Até porque muitas mulheres que procuraram autoridades não conseguiram ajuda. Ouço a história delas e, dependendo da gravidade do caso, tomo um tipo de atitude. Às vezes, converso com os acusados por telefone ou pessoalmente. Outras vezes, procuro a polícia, digo o que está acontecendo e peço que eles interfiram.

ÉPOCA – Eles ouvem a senhora?
Sampat –
Hoje, ouvem muito. No começo, não. Eu ficava lá esperando até conseguir contar, e eles me ignoravam, achavam que era louca. Fui ficando conhecida. Hoje, me tratam com muito respeito na polícia e nos vilarejos também. Quando é caso de violência contra a mulher, os próprios policiais pedem que as vítimas venham até mim. Minha casa virou uma corte de julgamento de casos contra as mulheres.
ÉPOCA – Segundo a ONU, oito mulheres se suicidam por dia na Índia e há 3 milhões de prostitutas no país, 40% delas crianças. Por que é um país tão difícil para as mulheres?
Sampat –
Isso vem de muito tempo. A mulher na Índia é vista como um fardo, uma pessoa de menor valor. Quando descobrem que o feto é de uma menina, em muitas regiões as famílias ainda optam pelo aborto ou matam a criança quando nasce. As famílias casam as meninas ainda bebês. Em minha região, esse problema diminuiu muito, mas ainda ocorre em vários lugares. É por isso que há mais homens que mulheres aqui. As famílias encaram a menina não como um membro da família, mas como da família do marido. Foi proibido, mas muita gente participa do pagamento de dote (sistema em que a família da noiva paga uma compensação à do noivo). Os mais pobres são os que mais sofrem com isso. Mesmo quando a mulher trabalha na mesma atividade do homem, ela ainda ganha menos.

ÉPOCA – Que tipo de violência contra a mulher é mais comum?
Sampat –
Todo tipo. A mulher sofre muita violência doméstica, não só do marido, mas de toda a família dele. As meninas vão viver com os sogros com 12 anos e apanham. Os casos de estupro são muito comuns. É muito perigoso sair na rua à noite, porque, quando os homens bebem, pegam quem encontram pela frente. Principalmente os homens muito ricos. Quando ficam bêbados, eles acham que podem tudo.
ÉPOCA – A senhora vê uma forma de essa mentalidade mudar?
Sampat –
Sim. Isso mudará quando as mulheres tiverem estudo. Minha luta é para que as mulheres não sejam maltratadas e estudem. Vou falar com as famílias das meninas que vêm me pedir ajuda, para que a violência acabe e para que a menina volte à escola. Não vou embora enquanto não se comprometem. Se não cumprem, volto com a minha gente. As famílias têm de entender que, ao receber educação, a menina pode ajudar os pais, não precisa ir embora para um marido. Quando entenderem isso, os bebês estarão a salvo, as meninas deixarão de ser um fardo. Aqui na minha aldeia (Banda), isso já está mudando. Não temos infanticídio. E as mulheres continuam a ir à escola, mesmo depois do casamento.
ÉPOCA – A senhora já teve de bater em muita gente?Sampat – Não foi em muita gente. Foram uns cinco ou seis casos de maridos. E um policial, que tive de amarrar num tronco para conseguir bater.
ÉPOCA – A senhora bateu num policial? Por quê?
Sampat
– Ele não dava importância ao que eu falava, aos casos que levava para ele. Faz muitos anos que sou processada por causa disso.
 
ÉPOCA – A senhora não acha seus métodos muito violentos?
Sampat –
Não existe outro jeito de se impor aqui. Se você é mulher, não adianta ficar esperando que façam por você. Precisa tomar nas mãos e fazer. Mostrar do que é capaz. Se for tímida, morre. Hoje, as pessoas ouvem o que digo, mas porque mostrei que sou capaz de atacar. No começo, eu não tinha tanto respeito.
"Se você é mulher, não adianta ficar esperando. Hoje, as pessoas ouvem o que digo, mas só porque mostrei que sou capaz de atacar"
ÉPOCA – Que caso a senhora achou mais marcante?
Sampat –
Foi a primeira vez em que defendi outra mulher. Eu tinha uns 15 anos. Uma conhecida veio se esconder em minha casa. Ela tinha sido espancada pelo marido e estava muito mal. Fiquei muito impressionada. Fui falar com ele. Ele caçoou de mim. Fiquei tão nervosa que peguei um pedaço de pau e comecei a bater nele. Não parava mais. Naquela hora, me veio essa sensação de que eu não queria mais que nenhum homem abusasse de nenhuma mulher. Senti que era aquilo que faria, protegeria as mulheres.
ÉPOCA – A senhora faz ideia de quantas mulheres já ajudou?
Sampat –
Nenhuma ideia. Você pode tentar fazer a conta. Tive meus cinco filhos antes dos 20 anos e, depois, passei a fazer disso o meu dia a dia. Todos os dias, atendo pelo menos dez mulheres. Às vezes, tenho de viajar porque preciso ir pessoalmente resolver um assunto mais grave e, quando chego à aldeia, outras pessoas vêm me pedir ajuda. Faço isso há 30 anos.
ÉPOCA – A senhora já apanhou?
Sampat –
Nunca apanhei. Nem na casa de meu marido. Quando me casei, tinha 12 anos. Cozinhava para toda a família do meu marido. Mas não podia comer com eles. Me faziam esperar todo mundo terminar e ficar para comer o que sobrasse, por último. Nunca aceitei. Reclamava alto, dizia que, se tinha casado, era da família também. Se brigassem comigo, falava mais alto ainda. Na Índia, mulher não deve ficar reclamando, falando alto. As pessoas têm medo de mim. Tem sido assim desde que comecei com esse trabalho, há 30 anos. Já bati, mas nunca apanhei.
ÉPOCA – A senhora estudou?
Sampat –
Não. Minha família me prometeu para meu marido quando eu era criança. Nunca fui à escola. Aprendi a ler sozinha em casa. Escola é o que existe de mais importante. Por isso abri a minha.
ÉPOCA – Como é sua escola? Como a mantém?
Sampat –
Temos crianças (meninos e meninas) de 5 anos até os 16. Mas não tem regra fixa. Quando encontro pessoas de 15 anos sem saber ler, levo para minha escola. Temos perto de 500 alunos. Alguns pagam mensalidade. E aceitamos doações.
ÉPOCA – A senhora é dalit?
Sampat –
Sou da classe baixa, pobre e não gosto dessa sua pergunta. Sou uma pessoa que trabalha para a humanidade. Essa classificação é preconceituosa. Sua pergunta é preconceituosa.
ÉPOCA – Desculpe. Como é sua família?
Sampat –
Tenho cinco filhos, quatro meninas e um menino. Só a caçula não é casada. Ela estuda medicina.
ÉPOCA – A senhora teve de pagar dote para suas filhas se casarem?
Sampat –
Não. Não passei por isso. Acho que todo mundo tem medo de mim para me pedir dote (Sampat fala quase rindo, mas se contém).
ÉPOCA – A senhora ainda é casada?
Sampat –
Sou casada, meu marido trabalha em nossa propridade rural. (O documentário inglês The Pink Sari mostra que ela se separou do primeiro marido, pai de seus filhos, e vive com outro homem há muitos anos.)
ÉPOCA – A senhora tem um sonho?
Sampat –
Quero que todas as mulheres tenham valor igual. Que todas percebam que podem ser uma Sampat e lutar para mudar o que está errado.
ÉPOCA – Que ação de seu grupo lhe deu maior alegria?
Sampat –
A maior alegria é lutar pelas mulheres e ser muito honesta. É muito bom poder viver do jeito que você acredita. Não há mais nada que eu queira.
ÉPOCA – O que a senhora sabe sobre o Brasil?
Sampat –
As pessoas são muito gentis. Me trataram muito bem no Consulado, quando fui fazer a documentação. Fiquei até pensando: “Nossa, será que tenho tanto valor para ser tratada assim?”.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Violência nas escolas: Bullying




Colégio estadual professora clarice coelho moreira caldas
Violência na escola: Bullying

Alunos: Daniel Noguera, Jorge Vieira, Matheus Fonceca
Professora: Glaucia Gomes Azevedo
Turma: 3001


O que é Bullying? Quais são suas causa e conseqüências ? E como fazer para amenizar seus efeitos? Ao longo do trabalho essas questões serão respondidas.  



O que é bullying ?
Definição:  Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
Existem dois tipo de Bullying:
1.       bullying direto: É a agressão física (socos, empurrões, chutes, etc) ou verbal (colocar apelidos, ameaças, insultos, espalhar boatos e fofoca) é mais fácil de ser percebido, pois são ataques abertos à vítima. 
2.       Bullying indireto: É a agressão psicológica e social, é um tipo de agressão mais sutil e, por isso, mais difícil de ser percebido. São casos de alunos que fazem caretas ou gestos obscenos para suas vítimas, que manipulam relacionamentos, isolam e excluem colegas das atividades em grupo.




 
REPORTAGEM
Edição do dia 25/04/2012
25/04/2012 12h23 - Atualizado em 25/04/2012 13h20
Pais e alunos reclamam de violência em escola estadual de Batatais, SP
Estudante de 11 anos passou por cirurgia após sofrer agressão.
Diretoria de Ensino disse ter enviado equipe para avaliar problemas.
Pais e alunos da Escola Estadual Cândido Portinari, de Batatais (SP), reclamam dos sucessivos casos de agressão dentro e fora da sala de aula e de vandalismo na unidade localizada no bairro Castelo.
Um estudante de 11 anos, que não quis se identificar, recentemente foi submetido a uma cirurgia depois que levou chutes no abdome de um colega de sala. “Estava tudo inflamado por dentro por causa do chute”, disse o menino, que alega ter medo de ir para a escola.
Pais entrevistados pela reportagem alegam que a violência é motivada pelo uso de drogas dentro da instituição. Hanaí Cordeiro, mãe de um estudante de 11 anos agredido dentro da classe, ficou sabendo por intermédio de uma professora que o filho tinha sofrido golpes na cabeça e teve os óculos quebrados.
A professora tentou apartar a briga, mas foi empurrada, segundo Hanaísa, que após o incidente registrou boletim de ocorrência. A direção da escola não se pronunciou sobre o assunto.
Diretoria de ensino
A Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto, por meio de sua assessoria de imprensa, informou ao G1 ter enviado uma equipe de supervisores à escola para avaliar as medidas necessárias.
O Conselho Tutelar será acionado e uma reunião com estudantes, responsáveis e comunidade, de acordo com a diretoria, será marcada esta semana.
A escola conta com câmeras de monitoramento e apoio da Ronda Escolar, além de promover atividades para prevenção de conflitos e uso de drogas, informou o departamento.




CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

O bullying ocorre por vários fatores mas, na maioria dos casos, o que predomina é o ambiente familiar: se uma criança vive num clima de desrespeito, ela pode passar de vítima (em casa) a agressora (na escola) e oprimir os colegas. Isso pode resultar em depressão e dificuldade para relacionar-se. Como proteger e ajudar seu filho a superar essa difícil situação.

 Segundo especialistas, muitas podem ser as causas que levam uma criança ou jovem a cometer bullying. Por exemplo:
- Reflexo do temperamento impulsivo e agressivo da criança.
- Preconceito, inveja e ciúme
- Medo de virar piada e ser o alvo da rejeição
- Egocentrismo, falta de sensibilidade e desejo de atenção
- Ambiente familiar ruim
- Nunca receber a orientação de não maltratar
- Baixa auto-estima
- Desejo por controle e poder
As conseqüências para as vítimas muitas vezes são:
- Medo, ansiedade e estresse
- Baixa auto-estima
- Queda no rendimento escolar
- Síndrome de pânico
- Se juntar a gangues ou grupos de ódio para se sentir aceito
- Automutilação para aliviar a dor causada pelo sofrimento emocional
- Buscar conforto nas drogas
- Necessidade de vingança
- Suicídio




 Como amenizar os efeitos desse problema

1º Passo

Decubra o problema
A conversa é a base de tudo. Questione seu filho, sem usar tom de cobrança. No livro Proteja seu Filho do Bullying (ed. Best Seller), o autor Allan L. Beane dá dicas das perguntas certas a fazer:
- Quem estava envolvido?
- Quem foi o agressor?
- O que disseram exatamente para você?
- Quando aconteceu?
- Onde você estava?
- Tinha algum adulto por perto?
- Como você reagiu?
- Há quanto tempo isso acontece?

2º Passo

Peça ajuda à escola
A maioria dos casos de bullying ocorre dentro da escola. Pense em você e na instituição como uma equipe. Entre sempre em contato para ver como andam as coisas por lá:
- Explique o que seu filho está vivendo.
- Conte quem está fazendo isso com ele.
- Peça para que a atenção com aquela turma seja maior.

3º Passo

Preserve a criança
Tem mãe que incentiva a briga, outras dizem para ignorar. Mas o ideal é a criança se preservar. "A vítima deve ser inteligente e se defender de um jeito que o agressor não perceba que está conseguindo atingi-la", ensina Andreia. Ou seja, a criança não deve retrucar e chorar para não mostrar fraqueza, e sim, superioridade.

4º Passo

Quando a situação sai do seu controle, o que fazer?
Desesperar-se não vai solucionar o problema. Se a escola não resolveu, se seu filho não conseguiu se defender da humilhação e você não sabe o que fazer, mantenha o autocontrole.
- Mude!
Matricule-o em outra escola se essa não estiver dando certo. Em outra instituição, ele pode encontrar amigos com mais afinidades.
- Troque o foco
Faça-o se entrosar com outras crianças, colocando-o em aulas de que ele goste, como natação, futebol, cursos de inglês ou outros.
- Elogie-o
Assim, você demonstra que seu filho é importante. A autoestima dele vai subir de novo.


 

BIBLIOGRAFIA

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Identidade afro-brasileira

                                            Foto: Dengo, farofa, moleque, neném, quitanda, samba... Quer palavras mais brasileiras do que estas? 

De fato, são brasileiras – mas nasceram na África. Foram trazidas da vasta região costeira central do continente, onde hoje se encontram Angola e Congo. Com origem no tronco lingüístico banto, que engloba línguas como o quimbundo, o umbundo e o quicongo, essas palavras substituíram vocábulos portugueses que eram utilizados para os mesmos fins. Ou seja, em alguns casos, os falares africanos conseguiram sobrepor-se aos outros. Como a língua é algo vivo, algumas palavras mudaram um pouco, outras adquiriram significados diferentes, mas não muito distantes do original.

A linguagem é um dos aspectos mais evidentes da contribuição cultural dos africanos trazidos para o Novo Mundo. Mas nem de longe é o único. Houve diversos aportes civilizatórios da África para o Brasil, e algumas regiões foram especialmente relevantes nesse processo, como é o caso de Angola. Práticas religiosas, conhecimentos técnicos agrícolas e de mineração, valores sociais, costumes na vida cotidiana e hábitos de alimentação, entre outros elementos, fizeram parte da bagagem cultural que os escravizados trouxeram para a formação de nosso país. 

Manifestações religiosas como os calundus, de forte presença entre os escravos trazidos da região Congo-Angola, estão na origem de religiões afro-brasileiras, como o candomblé na Bahia. Há indícios de que a arte da capoeira tem origem na “dança da zebra”, o n’golo do sul de Angola. O jongo, tão presente em comunidades negras do Sudeste brasileiro, e a congada assinalam sua herança centro-africana em versos, personagens, palavras. Os movimentos de corpo característicos de algumas danças brasileiras – sobretudo o rebolado – também têm sua origem em Angola. De lá, portanto, viria boa parte da nossa ginga. Aliás, esta é uma palavra derivada da língua quimbundo, e nomeava uma rainha africana. De nome de rainha a elemento da congada, a ginga adquiriu muitos outros significados, hoje atribuídos principalmente aos brasileiros. 

Os laços que ligam o Brasil a Angola existem há muito tempo. Remontam à formação do Império português, do qual fizeram parte, e se estendem por séculos, chegando aos nossos dias. 

O Brasil é o país que por mais tempo e em maior quantidade recebeu pessoas escravizadas vindas da África. Aproximadamente 40% de todos os escravos africanos que deram entrada em portos do Novo Mundo foram trazidos para o nosso país. Desse total, uma ampla maioria embarcou em cidades do litoral da atual Angola. Segundo o historiador Philip Curtin, o Brasil recebeu 1.685.200 escravos no século XVIII, dos quais 550.600 vindos da Costa da Mina e 1.134.600 de Angola. O tráfico angolano abastecia principalmente o porto do Rio de Janeiro, e em segunda escala, Bahia e Pernambuco. As capitanias de Pernambuco, Maranhão e Pará detinham 20% do tráfico de escravos de Angola no fim do século XVIII e começo do XIX.

Nas palavras do padre Antônio Vieira em 1648, “sem negros não há Pernambuco, e sem Angola não há negros”. No século XVII, quando Luanda foi invadida e ocupada pelos holandeses, uma expedição partiu do Rio de Janeiro a fim de retomar Angola para o Império português. A missão foi financiada principalmente com capital dos comerciantes do Rio, e as tropas eram formadas por indígenas, africanos e seus descendentes. O sucesso da expedição comandada por Salvador de Sá, governador do Rio de Janeiro, em 1648, reforçou a determinação de libertar Pernambuco do domínio holandês, o que aconteceu anos depois, em 1654.

A retomada de Angola também fez crescer a presença dos brasileiros por lá. Durante um século, entre 1648 e o fim dos anos 1740, gente do Brasil – por nascimento ou por vínculo de residência – praticamente dominou Angola, ocupando as funções que seriam de Portugal no controle da colônia e no tráfico de escravos. Portugal teve que fazer esforços para retomar as rédeas do controle político da área, o que conseguiu apenas em parte. Economicamente, e muitas vezes administrativamente, a relação foi se tornando tão estreita que qualificava as cidades-porto do litoral angolano, como Luanda e Benguela, como extensões do Brasil colonial no início do século XIX. 

No processo de independência do Brasil, líderes políticos tinham interesse em anexar a colônia africana ao novo país. Não sem razão, no tratado que D.Pedro I teve que assinar para ter sua emancipação reconhecida pelo governo português, constava como exigência que o Brasil reconhecesse a soberania portuguesa sobre Angola. E à Inglaterra, mediadora do tratado, também interessava que o Brasil se distanciasse das rotas do tráfico escravista no litoral africano. 

Frustraram-se, portanto, as esperanças de um só reino, ou de dois reinos unidos, conjugando as duas margens do oceano, a brasileira e a angolana.

A união entre Brasil e Angola não aconteceu, mas é claro que onde há fortes relações econômicas e políticas constroem-se intercâmbios pessoais, familiares e de parceria em diferentes atividades. Era comum que grandes comerciantes abrissem representações de suas casas de negócio em Angola, muitas vezes gerenciadas por parentes, ou mesmo por seus cativos. Famílias de negociantes se dividiam entre um lado e o outro do Atlântico, mantinham um ir-e-vir constante, não só de pessoas, mas de notícias, produtos, correspondências. Comerciantes escravistas na África mandavam seus filhos estudar no Brasil, para que aprendessem o português, conhecessem a dinâmica do comércio e da sociedade brasileira e pudessem tornar-se intermediários qualificados nesses negócios.

A estreita convivência não terminou com o fim do tráfico atlântico. Aparentemente reduzida na primeira metade do século XX, depois encontrou outros caminhos. As lutas pela libertação de Angola do domínio colonial português foram acompanhadas com vivo interesse por brasileiros, ainda que naquela época amordaçados pela ditadura. Houve gente que participou ativamente dos movimentos de libertação. Nosso movimento negro festejou a independência de Angola, e o rápido reconhecimento das novas nações africanas pelo governo brasileiro criou uma abertura diplomática importante em direção à terra de nossos ancestrais.

Na esteira dos novos interesses após a independência (1975), a influência de meios de comunicação brasileiros e de seus produtos passou a ser intensa no cotidiano dos angolanos. Telenovelas eram referência de entretenimento, para o comportamento dos jovens e a estética do vestuário. Nos canais de televisão locais são exibidos programas feitos no nosso país. Mercadorias brasileiras, legalmente importadas ou na candonga (contrabando), viraram produtos de consumo importantes, sobretudo roupas e calçados. 

A literatura e a música, fortemente impregnadas de memórias, ritmos, instrumentos e vozes de herança africana, também cruzaram o oceano e desembarcaram com grande sucesso no país independente, como Jubiabá, de Jorge Amado, e Tenda dos Milagres, de Guimarães Rosa.

Encontros que abriram para os artistas brasileiros novas perspectivas de explorar nossa identidade cultural. Gilberto Gil compôs e cantou com grande propriedade: “Trago a minha banda/ Só quem sabe onde é Luanda/ Saberá lhe dar valor”.  

Após a década de 1980, surgiram novas rotas de migração. Inicialmente provenientes de Angola, e acrescidas de recentes levas vindas do Congo, essas populações de refugiados são formadas principalmente por jovens do sexo masculino. A nova diáspora centro-africana para o Brasil é fruto das guerras e das impossibilidades geradas por séculos de espoliação. 

O que não se pode nem se deve deixar de lembrar são nossos fortes vínculos com esses povos e essa terra. As heranças congo-angolanas, que em grande parte nos tornaram o que somos, nos lembram o quanto é importante perceber, reconhecer e se orgulhar do nosso pertencimento à África.

As rápidas transformações geopolíticas em todo o planeta trazem novos desafios para o Brasil. Para saber qual o seu papel nesse jogo, o país precisa primeiro conhecer sua verdadeira identidade. E isso inclui recordar os compromissos que tem com a própria História.

Por: Mônica Lima e Souza é professora do Colégio de Aplicação da UFRJ e autora da Tese "Entre Margens: O Retorno à África de libertos no Brasil, 1830-1870" (UFF, 2008).

FONTE: Revista de História - Biblioteca Nacional
 
Dengo, farofa, moleque, neném, quitanda, samba... Quer palavras mais brasileiras do que estas?

De fato, são brasileiras – mas nasceram na África. Foram trazidas da vasta região costeira central do continente, onde hoje se encontram Angola
e Congo. Com origem no tronco lingüístico banto, que engloba línguas como o quimbundo, o umbundo e o quicongo, essas palavras substituíram vocábulos portugueses que eram utilizados para os mesmos fins. Ou seja, em alguns casos, os falares africanos conseguiram sobrepor-se aos outros. Como a língua é algo vivo, algumas palavras mudaram um pouco, outras adquiriram significados diferentes, mas não muito distantes do original.

A linguagem é um dos aspectos mais evidentes da contribuição cultural dos africanos trazidos para o Novo Mundo. Mas nem de longe é o único. Houve diversos aportes civilizatórios da África para o Brasil, e algumas regiões foram especialmente relevantes nesse processo, como é o caso de Angola. Práticas religiosas, conhecimentos técnicos agrícolas e de mineração, valores sociais, costumes na vida cotidiana e hábitos de alimentação, entre outros elementos, fizeram parte da bagagem cultural que os escravizados trouxeram para a formação de nosso país.

Manifestações religiosas como os calundus, de forte presença entre os escravos trazidos da região Congo-Angola, estão na origem de religiões afro-brasileiras, como o candomblé na Bahia. Há indícios de que a arte da capoeira tem origem na “dança da zebra”, o n’golo do sul de Angola. O jongo, tão presente em comunidades negras do Sudeste brasileiro, e a congada assinalam sua herança centro-africana em versos, personagens, palavras. Os movimentos de corpo característicos de algumas danças brasileiras – sobretudo o rebolado – também têm sua origem em Angola. De lá, portanto, viria boa parte da nossa ginga. Aliás, esta é uma palavra derivada da língua quimbundo, e nomeava uma rainha africana. De nome de rainha a elemento da congada, a ginga adquiriu muitos outros significados, hoje atribuídos principalmente aos brasileiros.

Os laços que ligam o Brasil a Angola existem há muito tempo. Remontam à formação do Império português, do qual fizeram parte, e se estendem por séculos, chegando aos nossos dias.

O Brasil é o país que por mais tempo e em maior quantidade recebeu pessoas escravizadas vindas da África. Aproximadamente 40% de todos os escravos africanos que deram entrada em portos do Novo Mundo foram trazidos para o nosso país. Desse total, uma ampla maioria embarcou em cidades do litoral da atual Angola. Segundo o historiador Philip Curtin, o Brasil recebeu 1.685.200 escravos no século XVIII, dos quais 550.600 vindos da Costa da Mina e 1.134.600 de Angola. O tráfico angolano abastecia principalmente o porto do Rio de Janeiro, e em segunda escala, Bahia e Pernambuco. As capitanias de Pernambuco, Maranhão e Pará detinham 20% do tráfico de escravos de Angola no fim do século XVIII e começo do XIX.

Nas palavras do padre Antônio Vieira em 1648, “sem negros não há Pernambuco, e sem Angola não há negros”. No século XVII, quando Luanda foi invadida e ocupada pelos holandeses, uma expedição partiu do Rio de Janeiro a fim de retomar Angola para o Império português. A missão foi financiada principalmente com capital dos comerciantes do Rio, e as tropas eram formadas por indígenas, africanos e seus descendentes. O sucesso da expedição comandada por Salvador de Sá, governador do Rio de Janeiro, em 1648, reforçou a determinação de libertar Pernambuco do domínio holandês, o que aconteceu anos depois, em 1654.

A retomada de Angola também fez crescer a presença dos brasileiros por lá. Durante um século, entre 1648 e o fim dos anos 1740, gente do Brasil – por nascimento ou por vínculo de residência – praticamente dominou Angola, ocupando as funções que seriam de Portugal no controle da colônia e no tráfico de escravos. Portugal teve que fazer esforços para retomar as rédeas do controle político da área, o que conseguiu apenas em parte. Economicamente, e muitas vezes administrativamente, a relação foi se tornando tão estreita que qualificava as cidades-porto do litoral angolano, como Luanda e Benguela, como extensões do Brasil colonial no início do século XIX.

No processo de independência do Brasil, líderes políticos tinham interesse em anexar a colônia africana ao novo país. Não sem razão, no tratado que D.Pedro I teve que assinar para ter sua emancipação reconhecida pelo governo português, constava como exigência que o Brasil reconhecesse a soberania portuguesa sobre Angola. E à Inglaterra, mediadora do tratado, também interessava que o Brasil se distanciasse das rotas do tráfico escravista no litoral africano.

Frustraram-se, portanto, as esperanças de um só reino, ou de dois reinos unidos, conjugando as duas margens do oceano, a brasileira e a angolana.

A união entre Brasil e Angola não aconteceu, mas é claro que onde há fortes relações econômicas e políticas constroem-se intercâmbios pessoais, familiares e de parceria em diferentes atividades. Era comum que grandes comerciantes abrissem representações de suas casas de negócio em Angola, muitas vezes gerenciadas por parentes, ou mesmo por seus cativos. Famílias de negociantes se dividiam entre um lado e o outro do Atlântico, mantinham um ir-e-vir constante, não só de pessoas, mas de notícias, produtos, correspondências. Comerciantes escravistas na África mandavam seus filhos estudar no Brasil, para que aprendessem o português, conhecessem a dinâmica do comércio e da sociedade brasileira e pudessem tornar-se intermediários qualificados nesses negócios.

A estreita convivência não terminou com o fim do tráfico atlântico. Aparentemente reduzida na primeira metade do século XX, depois encontrou outros caminhos. As lutas pela libertação de Angola do domínio colonial português foram acompanhadas com vivo interesse por brasileiros, ainda que naquela época amordaçados pela ditadura. Houve gente que participou ativamente dos movimentos de libertação. Nosso movimento negro festejou a independência de Angola, e o rápido reconhecimento das novas nações africanas pelo governo brasileiro criou uma abertura diplomática importante em direção à terra de nossos ancestrais.

Na esteira dos novos interesses após a independência (1975), a influência de meios de comunicação brasileiros e de seus produtos passou a ser intensa no cotidiano dos angolanos. Telenovelas eram referência de entretenimento, para o comportamento dos jovens e a estética do vestuário. Nos canais de televisão locais são exibidos programas feitos no nosso país. Mercadorias brasileiras, legalmente importadas ou na candonga (contrabando), viraram produtos de consumo importantes, sobretudo roupas e calçados.

A literatura e a música, fortemente impregnadas de memórias, ritmos, instrumentos e vozes de herança africana, também cruzaram o oceano e desembarcaram com grande sucesso no país independente, como Jubiabá, de Jorge Amado, e Tenda dos Milagres, de Guimarães Rosa.

Encontros que abriram para os artistas brasileiros novas perspectivas de explorar nossa identidade cultural. Gilberto Gil compôs e cantou com grande propriedade: “Trago a minha banda/ Só quem sabe onde é Luanda/ Saberá lhe dar valor”.

Após a década de 1980, surgiram novas rotas de migração. Inicialmente provenientes de Angola, e acrescidas de recentes levas vindas do Congo, essas populações de refugiados são formadas principalmente por jovens do sexo masculino. A nova diáspora centro-africana para o Brasil é fruto das guerras e das impossibilidades geradas por séculos de espoliação.

O que não se pode nem se deve deixar de lembrar são nossos fortes vínculos com esses povos e essa terra. As heranças congo-angolanas, que em grande parte nos tornaram o que somos, nos lembram o quanto é importante perceber, reconhecer e se orgulhar do nosso pertencimento à África.

As rápidas transformações geopolíticas em todo o planeta trazem novos desafios para o Brasil. Para saber qual o seu papel nesse jogo, o país precisa primeiro conhecer sua verdadeira identidade. E isso inclui recordar os compromissos que tem com a própria História.

Por: Mônica Lima e Souza é professora do Colégio de Aplicação da UFRJ e autora da Tese "Entre Margens: O Retorno à África de libertos no Brasil, 1830-1870" (UFF, 2008).

FONTE: Revista de História - Biblioteca Nacional

sábado, 15 de setembro de 2012

Projeto puxando conversa


O Puxando conversa é um projeto de memórias do samba carioca. Produziu uma série de vinte e sete programas que foram lançados em Nova Iguaçu (alguns) e no Museu da República, Catete, RJ.
O programa "Um preto velho chamado Catoni" é o segundo programa da série e homenageia o Catoni.
direção: Valter Filé / maio de 1998
Projeto puxando conversa...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CHIAPAS


Escola: Ciep-460 Thiophylla Bragança
Professora: Gláucia de Azevedo
Alunos: Jussara Costa, Andressa, Ana Beatriz, Camila e Daniel.
Turma: 801

Chiapas é um estado do México. A capital é Tuxtla Gutiérrez Um terço de sua população é descendente dos maias, e muitos deles não falam espanhol.
 O florescimento das cidades maias na selva Lacandona, durante o período clássico (300-900 d.C.), é considerado uma das maiores realizações culturais na história da humanidade. Foi no período pré-clássico (1800 a.C.-300 d.C) que ocorreram em Chiapas os passos que tornaram possível a transição da caverna escura para coleta de frutos, domesticação, e cultivo do milho, a convivência em agrupamento primitivo, a língua falada por escritos glíficos e a escultura rudimentar.
       Por volta de (1500 a.C.), os seus habitantes viviam em casas e produziam cerâmicas. No final da era colonial, a sociedade de Chiapas se desenvolvia em três universos distintos: as aldeias indígenas, fazendas e casas mestiças, e as vilas de origem espanhola. Nas duas últimas saíram cidadãos que concretizaram a independência da província de Chiapas, em primeiro lugar da Espanha em 1821 e depois da América Central em 1824.
    A partir de 1994, o estado de Chiapas ficou reconhecido internacionalmente pela insurreição do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), dividindo o México em dois lados: o governo federal e os zapatistas. Atualmente há 32 municípios autônomos zapatistas em Chiapas. O grupo é uma referência a Emiliano Zapata, general que liderou a Revolução Mexicana de 1910, admirado por defender os direitos dos fazendeiros pobres. Chiapas é representado no Congresso da União por 12 deputados federais e 3 senadores. Os municípios chiapanecos são representados diante congresso chiapaneco por 40 deputados estaduais.